No dia 12 de maio, celebra-se mundialmente o Dia da Enfermagem, uma data que convida à valorização e reflexão sobre a importância dessa profissão para a sociedade. Mais do que uma função técnica, a enfermagem se consolida como uma prática essencial para o cuidado integral à saúde, especialmente em um cenário marcado por desigualdades e populações em extrema vulnerabilidade.
No Brasil, há aproximadamente 690.917 enfermeiros registrados nos Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren). Além disso, o país conta com 1.657.102 técnicos de enfermagem e 452.643 auxiliares de enfermagem, totalizando mais de 2,8 milhões de profissionais atuando na linha de frente do cuidado.
Nesse contexto, ganha destaque o trabalho da professora Kelvia Campos, docente do curso de Enfermagem e orientadora da Liga Acadêmica de Cuidados em Enfermagem do UniFanor Wyden, que, junto aos alunos da instituição, desenvolveu uma pesquisa aprofundada sobre o papel do enfermeiro no cuidado à população em situação de rua.
O estudo evidencia como esses profissionais enfrentam desafios diários, como a resistência ao atendimento, a precariedade da infraestrutura e a ausência de políticas públicas efetivas; realidades que colocam à prova não apenas a capacidade técnica, mas também o compromisso ético e humano da enfermagem.
Segundo a professora Kelvia Campos, a pesquisa aponta ainda para a urgência de políticas públicas integradas, que garantam o direito à saúde, promovam a dignidade e enfrentem as barreiras de acesso impostas a essa população.
"O enfermeiro emerge como protagonista, conduzindo ações de prevenção, tratamento e encaminhamento, com base nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS): equidade, universalidade e integralidade", destaca a docente.
O trabalho conduzido pela professora e seus alunos é um exemplo claro de como o conhecimento acadêmico pode e deve ser aplicado às questões sociais mais urgentes, reafirmando que a enfermagem vai além do cuidado clínico; é uma força transformadora na luta por justiça social e inclusão.
Neste Dia da Enfermagem, mais do que celebrar, é preciso reconhecer o papel indispensável desses profissionais na construção de uma sociedade mais justa, saudável e verdadeiramente humana.