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Lei que cria o Dia da Cegonha Reborn é aprovada no Rio — especialista faz alerta sobre uso no luto

Psicóloga Natália Aguilar alerta para uso cauteloso dos bebês reborn no luto: Não existem evidências científicas de eficácia

Publicada em 09/05/25 às 15:16h

por Redação CBTV


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A recente aprovação do “Dia da Cegonha Reborn” pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, com celebração prevista para 4 de setembro, reacende o debate sobre o uso de bonecas hiper-realistas — os chamados bebês reborn — como ferramentas terapêuticas em processos de luto perinatal. O Projeto de Lei nº 1892/2023 agora segue para sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).

De acordo com o texto aprovado, os reborns podem contribuir para o enfrentamento emocional de pais que sofreram perdas neonatais, sendo utilizados sob orientação profissional. Entretanto, a psicóloga perinatal e especialista em luto Natália Aguilar levanta preocupações sobre a medida.

“Não existem evidências científicas que comprovem que o uso do bebê reborn favoreça o enfrentamento do luto. É uma experiência muito particular, que pode até auxiliar na criação de memórias afetivas, mas precisa ser vista com cautela”, afirma Natália.

A profissional, que atua há anos com mães enlutadas, reforça que o uso indiscriminado do recurso pode provocar efeitos colaterais psíquicos: “Me preocupa que essa prática ganhe respaldo legal sem que haja preparo técnico por parte dos profissionais. Há risco de dissociação da realidade, o que pode agravar o sofrimento, em vez de acolher”.

Natália também questiona a prioridade legislativa dada ao tema. “Existem pautas muito mais urgentes no campo do luto perinatal. Por que aprovar uma data comemorativa para os bebês reborn antes de legislações que garantam apoio psicológico, reconhecimento dos bebês arco-íris e direitos das famílias enlutadas?”, indaga.

Apesar das ressalvas, ela reconhece que, em alguns casos, o reborn pode fazer sentido como parte do processo de elaboração do luto, desde que integrado a um acompanhamento sensível e qualificado. “É algo novo, que precisa ser discutido com responsabilidade e sempre com foco na saúde emocional das famílias”, conclui.



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