Perder peso é o objetivo de milhões de brasileiros, mas o número na balança não revela tudo — e pode até enganar. Segundo a endocrinologista Dra. Carolina Mantelli, focar apenas no emagrecimento pode trazer riscos à saúde se não houver atenção à composição corporal.
“Emagrecer não é sinônimo de estar saudável. É possível perder peso e continuar com altos índices de gordura e pouca massa muscular, o que prejudica o metabolismo e aumenta o risco de doenças,” explica a médica.
É aí que entra o conceito de recomposição corporal, um processo que prioriza a redução de gordura e o ganho ou manutenção de massa magra. Trata-se de transformar o corpo de forma inteligente e duradoura — não apenas mais leve, mas mais forte, funcional e saudável.
“Imagine duas pessoas com o mesmo peso. Uma tem mais músculo, outra mais gordura visceral. Embora pesem igual, o impacto na saúde é completamente diferente,” ressalta Dra. Carolina.
A médica explica que a recomposição corporal traz benefícios como melhora na disposição, controle hormonal, menor risco de diabetes e mais eficiência metabólica. E o caminho para isso envolve alimentação equilibrada, treino de força, qualidade do sono, gestão do estresse e, em muitos casos, avaliação hormonal.
Já o emagrecimento acelerado, feito com dietas extremas ou uso incorreto de medicamentos, pode causar o oposto: “A pessoa perde peso, mas também perde músculo. Isso reduz a taxa metabólica, favorece o efeito sanfona, aumenta a flacidez e enfraquece o corpo,” alerta.
A mensagem da endocrinologista é clara: mais importante do que o número que aparece na balança é o que esse número representa. “A verdadeira saúde vem de dentro para fora. Cuidar da composição corporal é cuidar da sua longevidade e da sua qualidade de vida.”