Médicos servidores municipais que atuam nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Fortaleza iniciaram, na manhã da última terça-feira (2), a paralisação das suas atividades devido às condições precárias de trabalho e a defasagem salarial. Os profissionais se reuniram na sede do Sindicato dos Médicos do Ceará para definir como a paralisação será conduzida.
As unidades funcionarão com 30% da capacidade, conforme estabelecido por lei. A paralisação foi definida em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), no dia 13 de março, onde foram relatadas diversas demandas dos profissionais, dentre elas a defasagem salarial, o desfalque das escalas e a infraestrutura precária, onde é necessário dividir salas de atendimento com demais profissionais.
De acordo com informações, a situação dos salários é a mais preocupante, onde cerca de 50% dos profissionais que tomaram posse no último concurso solicitaram exoneração diante da defasagem dos valores.
"Os profissionais optaram pela paralisação mediante a falta de retorno da SMS com relação às demandas repassadas. Os médicos psiquiatras que atuam nos CAPS prestam um serviço essencial à população e precisam ter esse trabalho valorizado", afirma Dr. Max Ventura, presidente do Sindicato dos Médicos.
A categoria requer flexibilização da carga horária, sendo possível dispor entre quatro e seis horas, criação de uma Gratificação Especial de 50% sobre o base, produtividade no valor de R$ 1,5 mil, extensão do benefício da educação permanente aos médicos dos CAPS e extensão das gratificações GIRE e GIAR.