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Reabilitação: Casa de Cuidados do Ceará promove projetos de resgate da mobilidade de pacientes em tratamento

Publicada em 16/09/24 às 21:29h

por Redação CBTV

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O sedentarismo é um alto fator de risco para a saúde. Manter-se inativo causa, entre outros problemas, dores no corpo, devido ao desgaste de articulações e cartilagens, além de perda natural de flexibilidade. No caso de pacientes em processo de reabilitação, como os internados na Casa de Cuidados do Ceará (CCC), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o resgate da mobilidade traz benefícios como aumento da frequência cardíaca e da respiração, melhora da oxigenação e redução do tempo de internação.

E isso é importante para quem, muitas vezes, passa ou passou longos períodos parado, por causa de internações, por exemplo. "Os treinamentos de mobilidade promovem melhoria da qualidade de vida do paciente, com diminuição das dores, aumento da independência e prevenção de complicações psicológicas, além de prevenirem problemas musculares e respiratórios", explica a diretora da CCC e médica geriatra, Ursula Wille Campos.

A mobilização de pacientes é uma atividade multidisciplinar, na qual a Enfermagem e a Fisioterapia desempenham um papel fundamental, ao auxiliar na execução dos movimentos, monitorar o paciente e garantir a segurança dele.

"A colaboração entre esses e outros profissionais é essencial para garantir a qualidade da assistência ao paciente. Na CCC, temos uma equipe multidisciplinar que segue um Plano Terapêutico Individual com foco na qualidade de vida e reintegração social", acrescenta a gestora.

Sala de Reabilitação é um dos espaços de mobilização da Casa

A Casa de Cuidados do Ceará oferece projetos e espaços em que a mobilidade dos pacientes é estimulada. "A CCC possui uma sala de reabilitação para exercícios de fortalecimento, de equilíbrio e de alongamento, com acompanhamento da equipe da Fisioterapia", explica a coordenadora da área, Aryadne Marques. "A mobilização na reabilitação também previne complicações de constipação, lesões por pressão, atrofia muscular, pneumonia e trombose", acrescenta a fisioterapeuta.

A sala de reabilitação é o local favorito do paciente Juatan Pereira Negreiros, 52. Com o trabalho de mobilidade feito pelos fisioterapeutas, Juatan, que tem uma doença rara, conseguiu ficar de pé. "Quando cheguei aqui eu mexia apenas a cabeça e o pescoço, mas com esse tratamento consegui ficar de pé, inclusive foi o dia mais emocionante que vivi aqui dentro. Estou melhorando a cada dia e só tenho a agradecer".

Os movimentos promovem a melhoria da coordenação motora, o controle de comorbidades, a correção postural, a autonomia e a resistência cardiorrespiratória, por exemplo. Pacientes da unidade com 60 anos ou mais, perfil majoritário do equipamento estadual, realizam atividades físicas pelo menos três vezes por semana, a fim de aumentar a capacidade funcional e prevenir quedas. O hábito também é estimulado em pessoas internadas acometidas por acidente vascular cerebral (AVC), vítimas de trauma ou com doenças neurodegenerativas.

Projeto Pôr do Sol da CCC também estimula a mobilidade dos pacientes

Um dos projetos da Casa de Cuidados do Ceará que atua no estímulo à mobilidade dos pacientes é o Pôr do Sol, que leva pacientes para observarem o fim do dia em uma área externa, promovendo atividades físicas e cognitivas ao ar livre.

"Selecionamos pacientes em condições de estar em cadeira de rodas ou que podem caminhar. Entendemos que é um espaço diferente, que proporciona mais estímulos, além de sair um pouco do atendimento tradicional", explica Aryadne. Outros benefícios são a melhora da qualidade do sono, do humor ou de uma possível desorientação, além de melhoria da saúde física e mental.

Francisco Assis, 56, está na CCC desde o dia 28 de agosto. Ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), perdeu a fala e ficou com os movimentos do lado direito do corpo comprometido. Diariamente, ele frequenta a sala de reabilitação da Casa "exceto na quarta-feira, que é o dia do pôr do sol", justifica. Ele já usou cadeira de rodas, mas hoje se considera independente. "Consigo ficar em pé, andar e tomar banho, faço tudo sozinho, mas antes dependia de outras pessoas. Eu me esforço, o que a doutora manda fazer, eu faço. Quero melhorar cada vez mais", reforça.

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