As pesquisas sobre um tema relativamente novo, o estudo das Experiências de Quase-Morte (EQM), têm avançado entre a população interessada no assunto. Quem já passou por essa experiência percebe alguns sinais no aspecto psicológico e emocional. A busca por significado e a espiritualidade podem levar uma pessoa que vivenciou uma EQM a se reavaliar religiosa ou filosoficamente. Uma matéria divulgada pelo jornal Epoch Times Brasil relatou que pessoas que tiveram uma experiência de quase morte vivenciaram uma revisão de vida intencional e não apresentaram sinais externos de consciência.

Para o Clube Tanato, grupo especializado em tanatologia e projeto da Rede Memorial Fortaleza, que estuda a morte, a EQM tem grande influência nos relacionamentos e no comportamento social, o que reflete em mudanças nas relações familiares e sociais. De acordo com o Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, é comum que, nos relatos dessas experiências, existam aspectos que os pacientes identificam como espirituais, como a experiência fora do corpo. "É necessário um acolhimento psicológico após uma EQM, porém as dúvidas e o ceticismo em torno da experiência ainda são grandes tabus, principalmente devido ao seu contexto em doenças terminais", afirma Natália Pinto, psicanalista e coordenadora do Clube Tanato.

Filmes, livros e documentários sobre experiências de quase-morte influenciam a percepção pública, ajudando a desmistificar o tema e promovendo o debate. Isso facilita o compartilhamento de experiências pessoais e convida a sociedade a refletir sobre a morte e a conexão entre mente, corpo e espírito. A coordenadora do Clube Tanato, Natália Pinto, ressalta " A mídia, muitas vezes, romantiza ou espiritualiza a EQM, associando-a a visões do além e reforçando crenças em uma vida após a morte."