Condição que afeta a estrutura nasal e pode causar dificuldades respiratórias, o desvio de septo é frequentemente associado à necessidade de intervenção cirúrgica. No entanto, o Dr. Jamisson Melo, otorrinolaringologista, cirurgião especialista em rinoplastia e membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF), destaca que existem alternativas não cirúrgicas para o tratamento do desvio de septo, que podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

"É indispensável que cada caso seja avaliado individualmente, pois a gravidade do desvio e os sintomas associados variam significativamente entre os pacientes. Em alguns casos, é possível controlar os sintomas e melhorar a respiração sem recorrer à cirurgia", explica.

Entre as alternativas não cirúrgicas, o especialista destaca o uso de medicamentos como corticosteroides nasais, que ajudam a reduzir a inflamação e o inchaço dos cornetos nasais inferiores, facilitando a respiração. Além disso, soluções salinas podem ser utilizadas para limpar e hidratar a mucosa, aliviando a congestão e o desconforto.

Uma opção utilizada por atletas ou pacientes que necessitam de uma demanda maior de oxigênio, como em caminhadas em grandes altitudes, é a utilização de um dilatador nasal externo, semelhante a um band aid, que, colocado na válvula nasal externa, facilita a respiração.

"Sempre ressalto que essas alternativas não corrigem o desvio de septo em si, mas podem proporcionar alívio significativo dos sintomas. Em casos mais graves ou quando o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios, a cirurgia pode ser necessária", enfatiza o médico.

A decisão sobre o tratamento mais adequado deve ser tomada em conjunto com um otorrinolaringologista, que poderá avaliar o caso individualmente e indicar a melhor abordagem para cada paciente.